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Editados por HARLEQUIN IBÉRICA, S.A.

Núñez de Balboa, 56

28001 Madrid

 

© 2013 Red Garnier

© 2014 Harlequin Ibérica, S.A.

O beijo perfeito, n.º 1204 - Agosto 2014

Título original: Wrong Man, Right Kiss

Publicado originalmente por Harlequin Enterprises, Ltd.

 

Reservados todos os direitos de acordo com a legislação em vigor, incluindo os de reprodução, total ou parcial. Esta edição foi publicada com a autorização de Harlequin Books S.A.

Esta é uma obra de ficção. Nomes, carateres, lugares e situações são produto da imaginação do autor ou são utilizados ficticiamente, e qualquer semelhança com pessoas, vivas ou mortas, estabelecimentos de negócios (comerciais), feitos ou situações são pura coincidência.

® Harlequin, Harlequin Desejo e logótipo Harlequin são marcas registadas propriedades de Harlequin Enterprises Limited.

® e ™ são marcas registadas por Harlequin Enterprises Limited e suas filiais, utilizadas com licença. As marcas em que aparece ® estão registadas na Oficina Española de Patentes y Marcas e noutros países.

Imagem de portada utilizada com a permissão de Harlequin Enterprises Limited. Todos os direitos estão reservados.

 

I.S.B.N.: 978-84-687-5346-1

Editor responsável: Luis Pugni

 

Conversão ebook: MT Color & Diseño

www.mtcolor.es

Sumário

 

Página de título

Créditos

Sumário

Capítulo Um

Capítulo Dois

Capítulo Três

Capítulo Quatro

Capítulo Cinco

Capítulo Seis

Capítulo Sete

Capítulo Oito

Capítulo Nove

Volta

Capítulo Um

 

Molly Devaney precisava de um herói.

Não estava a ver nenhum outro modo de resolver o dilema. Estava há duas semanas sem conseguir dormir, às voltas na cama, sem conseguir deixar de pensar no que tinha feito, desejando, rezando e esperando que pudesse encontrar a maneira de resolver as coisas. E devia fazê-lo o mais rapidamente possível.

Tinha necessitado de quinze dias com as suas quinze infernais noites para chegar à conclusão de que precisava de ajuda. E rapidamente. Só havia um homem que podia ajudá-la, tal como a tinha ajudado antes em numerosas ocasiões.

O seu herói de sempre, desde que ela tinha três anos e ele seis, quando Molly e a sua irmã, que acabavam de ficar órfãs, tinham ido viver com a rica e maravilhosa família dele na mansão que tinham em San Antonio.

Julian John Gage.

Certamente, não era santo nenhum. Era um sedutor da cabeça aos pés. Podia ter todas as mulheres que desejasse, do modo que preferisse e quando lhe apetecesse, e ele sabia-o. Isso significava que estava disposto a saboreá-las a todas.

Isso incomodava muito Molly.

Não entanto, apesar de ser o alvo preferido das damas e da imprensa devido ao seu posto como chefe de relações públicas do San Antonio Daily, um problema para os seus irmãos e uma maldição para a sua própria mãe, para Molly, Julian John Gage era o seu melhor amigo. Era a razão pela qual ela nunca tinha encontrado companheiro e a única pessoa na Terra que podia ser suficientemente sincero para lhe dizer como seduzir o seu teimoso e frustrante irmão mais velho.

O problema era que Molly poderia ter encontrado um momento melhor para lhe expor os seus maquiavélicos planos. Aparecer no seu apartamento um domingo de manhã não tinha sido a melhor ideia, mas sentia que estava a perder um tempo que era precioso e necessitava urgentemente que Garrett, o irmão mais velho de Julian, se apercebesse de que a amava antes de morrer de tristeza.

Oxalá Julian pudesse deixar de olhar para ela como se ela tivesse perdido a cabeça por completo, algo que estava a fazer há já uns minutos, precisamente desde que ela lhe tinha contado inesperadamente os seus planos.

Ele estava ali, a olhar para ela. Era a mais maravilhosa obra de arte daquele impecável e moderno apartamento. Tinha os pés separados e observava-a com o queixo ligeiramente entreaberto.

– Acho que não ouvi bem – disse por fim. A sua profunda voz estava carregada de incredulidade. – Acabas de pedir-me que te ajude a seduzir o meu próprio irmão?

Molly parou de andar à volta da mesa de café.

– Bom... na verdade não disse «seduzir» exatamente... ou sim?

Produziu-se um incómodo silêncio enquanto os dois pensavam no que ela tinha dito. Julian franziu a testa.

– Não disseste?

Molly suspirou. Ela também não se lembrava. Tinha-se sentido um pouco coibida quando a escultura viva, isto é, Julian, lhe tinha aberto a porta vestido somente com umas calças de pijama um pouco descaídas e o tronco completamente nu. De facto, tinha as calças do pijama tão descaídas que se podia distinguir claramente o pelo escuro que lhe começava justamente debaixo do umbigo. Este facto tinha-a perturbado muito, dado que nunca antes tinha visto um homem naquele estado de nudez. Além disso, Julian não era um homem qualquer. Parecia quase o irmão mais novo de David Beckham. E mais bonito. Menos mal que a amizade que havia entre eles tinha imunizado Molly.

– Está bem, talvez tenha dito. Não me lembro – admitiu Molly. – É que acabo de aperceber-me que preciso de fazer algo drástico antes que qualquer oportunista mo roube para sempre. Tem que ser para mim, Julian. E tu és um exímio sedutor, pelo que necessito que me digas o que tenho de fazer.

Os seus olhos, verdes como as folhas das árvores, abriram-se um pouco mais.

– Olha, Molls. Não sei muito bem como te explicar isto, mas deixa-me tentar. Crescemos todos juntos. Os meus irmãos e eu vimos-te de fraldas. O Garrett nunca poderá deixar de te ver como a irmã mais nova dele. Repito, a irmã mais nova.

– Está bem. Sobre a questão das fraldas já não posso fazer nada, mas tenho razões de peso para pensar que os sentimentos que o Garrett tem por mim mudaram. Ele disse-te alguma vez que somente me vê como a sua irmã mais nova? Já tenho vinte e três anos. Talvez pense que já sou suficientemente crescida para ser uma mulher sexy e sofisticada.

«Com uns peitos bonitos que ele acariciou muito contente no dia do baile de máscaras», pensou ela muito segura de si mesma.

Julian contemplou o modo como ela estava vestida, não era um dos melhores conjuntos de Molly...

– A tua irmã Kate é sofisticada e sexy, mas tu... – disse-lhe, apontando para a saia hippie e a t-shirt manchada de tinta que ela tinha vestido. – Meu Deus, Molls, ultimamente tens olhado para ti ao espelho? Parece que te deram uma tareia e depois te meteram numa batedora.

– Julian John Gage! – exclamou ela tão magoada que o coração lhe doía. – A minha seguinte exposição individual em Nova Iorque é daqui a quatro semanas. Não tenho tempo para cuidar do meu aspeto! Além disso, não posso acreditar que te estejas a meter com o meu aspeto quando tu estás meio despi...

Ouviu-se uma porta a bater na parte posterior do apartamento e, quando Molly se virou, viu de soslaio que alguém se aproximava. Nesse momento, ficou sem fala. Esse alguém era, obviamente, uma mulher.

A loura mais loura e com as pernas mais compridas que Molly jamais tinha visto em toda a sua vida acabava de sair do quarto de Julian. Tinha uma mala de estilo clutch dourada e um par de sapatos vermelhos de salto agulha, para além de uma camisa de Julian que mal parecia poder conter uns peitos enormes.

– Tenho de ir andando – disse a mulher a Julian com voz sugestiva. – Deixei-te o meu número em cima da almofada, por isso... foi muito agradável conhecer-te ontem à noite. Espero que não te importes que eu leve uma camisa emprestada. Parece que o meu vestido não saiu tão bem parado como eu.

Soltou um risinho e atravessou elegantemente a sala para se ir embora enquanto Julian permanecia completamente imóvel.

No momento em que as portas do elevador se fecharam, Molly, que tinha estado a observar a loura completamente boquiaberta, voltou-se de novo para olhar para Julian.

– A sério? – disse-lhe enquanto a fúria a empurrava a aproximar-se dele para lhe tocar no ombro com um dedo. – A sério que vais para a cama com todas as mulheres que conheces?

Voltou a tocar-lhe, mas o ombro de Julian moveu-se o mesmo que se fosse feito de betão armado. Então, ele soltou uma gargalhada e agarrou na mão de Molly.

– Não estávamos a falar da minha vida amorosa, mas sim da tua. E do facto de teres tinta na ponta do nariz, no cabelo e nos sapatos. Essa imagem de artista morta de fome não vai chamar a atenção do meu irmão.

Molly olhou para ele com desprezo. Então, empurrou-o e dirigiu-se ao vestíbulo.

– Oh, deixa-me ir buscar uma das tuas camisas! Tenho a certeza de que isso fará maravilhas.

– Ora, Molly! Não te vás embora assim. Volta aqui e deixa-me pensar em tudo isso, está bem? Sabes que sempre foste bonita e acho que por isso não te importas com o teu aspeto.

Julian chegou até ela com três passadas. Agarrou-a pelo braço e fê-la regressar à sala. Molly olhou para ele com desprezo ao início. Então, quando ouviu que ele suspirava, a sua ira desvaneceu-se. Era-lhe muito difícil estar chateada com Julian John.

Sabia que ele faria qualquer coisa por ela. Ninguém, à exceção talvez da sua irmã, tinha feito nunca as coisas que Julian John tinha feito para se assegurar que ela estava segura e protegida.

Kate tinha assumido o papel de mãe quando as duas tinham ficado órfãs. Kate tinha-a ajudado na escola, tinha-a criado e tinha-lhe dado todo o carinho que lhe teriam dado os seus pais. Por isso, o facto de Julian ter estado a seu lado quase tanto como Kate dizia muito de um homem que insistia em fingir que era apenas um playboy.

Isso era precisamente o que Julian John era e a razão pela qual Molly se contentava com que ele fosse seu amigo e não o homem que ela tinha transformado em objeto das suas intenções mais românticas.

– Olha – disse ela quando Julian a soltou. Corou ao recordar o beijo roubado de Garrett. – Sei que talvez não compreendas, mas amo tanto o teu irmão que eu...

– Desde quando, Molls? Sempre nos deu cabo da cabeça a nós os dois.

– É certo, bom... mas isso era antes, quando ele era tão rígido, já sabes... Antes.

– Antes de quê?

– Antes... antes de ele...

«Antes de me dizer as coisas que me disse quando me beijou», recordou. Tentou relaxar-se para poder continuar a falar.

– Eu... não to posso explicar – acrescentou, – mas algo mudou muito e sei que ele sente o mesmo por mim. Eu sei, Julian... peço-te para não te rires.

Por alguma razão inexplicável, não podia olhar para ele nos olhos. Por isso, virou-se e sentou-se no sofá. O silêncio foi enchendo o espaço que os separava até que, de repente, se viu quebrado.

O riso que rompeu o silêncio foi o pior que pôde acontecer. Era tudo menos alegre.

– Não posso acreditar...

Molly conteve a respiração e olhou para ele. Viu que ele tinha a testa franzida. Jamais tinha visto Julian verdadeiramente chateado, mas se aquele sinal era um indício, ia vê-lo e muito em breve.

Sentiu um nó no estômago a formar-se quando observou o musculado tronco e o vê que o pelo formava antes de perder-se por baixo das calças para conduzir a...

Não podia continuar a pensar naquilo. Tinha de se centrar em Garrett.

– Julian... olha, enquanto estamos a falar, podes vestir uma das camisas que te restam? O tronco e a tablete e tudo isso que tens são demasiado... Digamos que me faz querer dar uma vista de olhos aos do Garrett.

Julian lançou um grunhido e fletiu uns bíceps impressionantes.

– Sabes muito bem que o meu irmão não tem estes músculos.

– E ele também.

– Talvez eu seja o irmão mais novo, mas com isto posso mandá-lo ao chão em cinco segundos.

– Ora... a única coisa em que provavelmente és melhor do que ele é ires para a cama por aí com meio mundo.

Durante um longo instante, os dois permaneceram ali sentados, olhando para o vazio.

Quando Julian voltou a falar, Molly sentiu-se aliviada ao ouvir que a sua voz tinha voltado a adquirir o mesmo tom jovial de sempre.

– Sim, tens razão. Sou melhor a ir para a cama por aí com meio mundo do que os meus dois irmãos juntos, embora, agora que está casado, o Landon nem sequer pensasse em olhar para outra mulher. O Garrett... por que não? Sempre se mostrou muito protetor com a Kate e contigo. Ficaria furioso se soubesse que andas com alguém, em especial se esse alguém tivesse uma má reputação. Só tens que conseguir que algum tipo finja estar apaixonado por ti por um tempo e que seja suficientemente convincente para despertar o bom do Garrett.

Molly sentiu-se encantada de que, por fim, Julian tivesse compreendido a sua situação. Esteve a ponto de pular de alegria. Aplaudiu duas vezes.

– Sim! Sim, isso é uma boa ideia! A questão é se eu conheço um homem que possa fazer uma coisa dessas...

Julian sorriu maquiavelicamente.

– Querida, está à frente dos teus olhos.

 

 

Aquelas palavras pareceram acertar em Molly como se fossem uma descarga elétrica.

– Como? Acho que ouvi mal – disse ela erguendo-se do sofá. – Acabas de oferecer-te para seres meu namorado ou uma coisa parecida?

– Ou uma coisa parecida – afirmou Julian.

Ele parecia tranquilo. No entanto, no interior da sua cabeça, as rodas giravam com umas ideias particularmente inspiradoras. Ideias que talvez mais tarde fosse lamentar, mas que, apesar de tudo, eram muito boas.

Julian quase não podia suportar quão adorável ela estava sentada ali, com a incredulidade e a surpresa refletidas no rosto.

Tinha os olhos abertos de par em par, tão maravilhosamente azuis que um homem teria que ser de pedra para não mover montanhas por ela. Julian jamais tinha visto uma expressão tão sincera e tão inocente na sua vida. Diabos, só porque ela olhava para ele com aqueles olhos sentia-se uma espécie de super-herói.

Com um sorriso, explicou-lhe tudo.

– Significa que eu não tenho namoradas, Molly. Tenho amantes. E adorava fingir ser o teu.

– Estás a brincar comigo, Jules – replicou ela.

– Talvez eu até goste de brincadeiras, Molls, mas asseguro-te que não estaria a brincar contigo acerca disto – disse-lhe, muito a sério.

– Estás disposto a fingir que estás apaixonado por mim?

Ele assentiu. Ansiava poder tirar-lhe uma mancha de tinta da testa e outra da face.

– Suponho que já fiz coisas piores, Moo. Como esta rapariga que acaba de se ir embora... Acho que não estava muito bem da cabeça – acrescentou, apontando para a testa.

Molly levantou-se. Os olhos brilhavam perante uma proposta que, por fim, estava a começar a assimilar.

– O Garrett vai ver-nos juntos e ficará louco de ciúmes! Meu Deus, sim. É uma ideia brilhante, Julian! Quanto tempo achas que ele vai demorar em perceber que me ama? Um par de dias? Uma semana?

Julian olhou para ela fixamente em silêncio. Realmente soava... apaixonada.

Se a diferença de dez anos não era um problema, o facto de os Gage terem sido educados com estritas normas de conduta a respeito das meninas Devaney devia ter certo peso, em especial para Garrett, que nunca infringia uma regra. Teria o seu irmão feito algo para lhe dar a impressão de que estava interessado?

Caramba, aquele assunto dava-lhe tão má impressão que não sabia nem sequer por onde começar.

O seu irmão Garrett mostrava-se excessivamente protetor com as duas irmãs. Elas tinham ficado órfãs porque o seu pai, que era o único progenitor que lhes restava com vida e um dos guarda-costas dos Gage, tinha morrido no cumprimento do seu dever enquanto protegia o pai de Julian de um grupo armado contratado pela máfia mexicana para assassiná-lo por ter publicado artigos em que revelava os seus nomes. Além disso, tinha morrido a proteger Garrett. Embora os membros do grupo tivessem sido condenados a prisão perpétua, como único sobrevivente daquela sangrenta noite de há quase duas décadas, Garrett tinha sido sentenciado a uma vida inteira no inferno.

Vivia fustigado pela culpabilidade e pelo arrependimento. Quando a sua mãe viúva acolhera as duas meninas, Garrett tinha-se mostrado ansioso por protegê-las, inclusive de Julian. Sempre lhes tinham deixado muito claras as regras no que se referia às irmãs Devaney. De facto, até lhes tinham proibido fazer-lhes cócegas, algo que tinha incomodado não só Julian, mas também Molly. Ela adorava que lhe fizessem cócegas. Por isso, era difícil acreditar que, depois da atitude demonstrada por Garrett durante muitos anos, Molly estivesse louca por ele.

A que diabo vinha tudo aquilo?

Julian e Molly eram amigos. Molly, pelo menos, tinha admitido que a amizade que havia entre eles era melhor que uma relação romântica. No entanto, depois de ouvir como ela professava o seu amor por Garrett, Julian tinha-se apercebido que falava a sério, e aparentemente assim era, teria de ajudá-la.

Ia ajudá-la a perceber que não estava apaixonada por Garrett Gage.

– Acho que poderemos ter o Garrett onde queremos aproximadamente dentro de um mês – assegurou-lhe por fim, olhando-a profundamente nos olhos numa tentativa de descobrir quão apaixonada ela estava.

Molly corou de excitação, deu um salto para a frente e abraçou Julian com força enquanto lhe dava um beijo na face.

– És o maior, Jules. Muito obrigada.

Quando os delicados e esbeltos braços dela lhe apertaram a cintura, Jules esticou-se por completo. Estava nu da cintura para cima e, de repente, sentia Molly em todas as partes onde não queria senti-la. Ternurenta e maravilhosa.

O pior de tudo foi quando ela virou o rosto para o pescoço dele e sussurrou:

– És o melhor da minha vida, sabes, Jules? Jamais saberei agradecer-te adequadamente por tudo o que fazes...

Estava a falar a sério? As ideias que aquelas palavras lhe tinham metido na cabeça estavam muito, mas muito erradas. Não conseguiu relaxar-se nem um pouco até ela se separar dele. Então, deixou escapar um longo suspiro e, evitando olhá-lo nos olhos, grunhiu:

– Não me agradeças ainda, Molls. Vejamos como vai correr tudo, está bem?

– Vai correr tudo estupendamente, Julian. Eu sei. Antes de terminar o mês, provavelmente terei no dedo um anel de noivado.

Julian revirou os olhos. Não podia acreditar que aquilo estivesse realmente a acontecer.

– Bom, acho que não devias ligar ao organizador de casamentos ainda, está bem? Só tens que recordar que, durante este mês, estás comigo. Além disso, querida, ninguém da família vai achar muita graça a isto.

Ela franziu a testa e pôs as mãos nas ancas.

– E por que não? Não sou suficientemente boa para ti?

– Não, Molls, sou eu – sussurrou ele, olhando pela janela. Sentia um enorme peso no peito. – Pensarão que sou eu que não sou suficientemente bom para ti.